12 de setembro de 2009

Project Natal: o desafio real para o Wii e a possibilidade de inclusão digital

A Nintendo que se cuide: vem aí o acessório para Xbox 360 que promete aposentar o controle de video-game, seja ele qual for. Os sensores de movimento do Wii foram uma revolução na forma de interagir com um console de jogos, mas ainda assim eram necessários controles, especiais é claro, mas controles.

De tudo o que a Nintendo prometeu no seu Wii quase metade foi cumprido. Digo metade porque para chegar até a experiência máxima foi necessário lançar um “add-on” (o Wiimotion) para o Wiimote ter mais precisão. Agora imagine que o seu corpo é o controle do video-game e que este é capaz de reconher não só os movimentos, mas o seu rosto e sua voz e ainda pode tirar fotos suas e de objetos e utilizá-las nos seus jogos. Impossível? Então assista ao vídeo abaixo e depois continue lendo.


Como vocês puderam ver, a família interage com o console sem usar nenhum tipo de controle. Reparem que o acessório reconhece cada pessoa e funciona com os movimentos independentes. Achei também muito interessante as fotos que o aparelho tirou do skate do rapaz. O reconhecimento de voz é um recurso muito bem-vindo e a interpretação de gestos é algo surreal.

Agora vamos pensar: todos os acessórios do Xbox 360 são compatíveis com PCs rodando Windows Vista e Windows 7. Imagine as possibilidades além do entretenimento: inclusão digital de pessoas que portam qualquer tipo de deficiência.

Uma pessoa tetraplégica poderia usar esse acessório e operar o computador por voz e estudar por exemplo. As possibilidades são infinitas. Se tudo o que o vídeo mostra for verdade, qualquer um pode acessar qualquer computador. Pode-se criar facilidades como cadeiras de rodas inteligentes, guiadas por GPS e comando de voz. O usuário pode dizer algo como “leve-me para a rua X, número Y” e a cadeira, equipada com GPS se localiza e inicia sua jornada para o destino. Com comandos de voz o usuário poderia pedir para a cadeira parar diante de um obstáculo ou para esperar o sinal para atravessar a rua.

Em hospitais, pode-se criar enfermeiros robôs que atenderiam as necessidades dos pacientes e dos médicos durante uma cirurgia ou internação. Com o sensor de movimento e reconhecimento facial, o ajudante virtual pode saber o que o médico está fazendo e interagir com ele.

Vendo esse vídeo, chego à conclusão que o acessório tem tudo para desbancar a Nintendo com seu (na minha opinião) fraco Wii e ainda revolucionar o mundo, melhorando a qualidade de vida das pessoas que necessitam de acessibilidade diferenciada.